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sábado, 15 de maio de 2010

A Nova Carteira de Identidade


Já conhece o RIC? É o Registro de Identificação Civil, que deverá começar a ser implantado no país até o fim do ano. Ele vem com objetivo de unificar em um registro único toooodos aqueles documentos que a gente tem que ter (RG, CPF, Título de Eleitor, CNH, número do ICQ… Ah não, o último não :P ). Como esse aqui é um blog de tecnologia, vamos procurar nos focar nas tecnologias utilizadas no RIC. Se tiver curiosidade de saber mais sobre a parte burocrática (projetos de lei, instituições envolvidas etc.) este artigo do Portal Exame pode ser um ótimo ponto de partida. Mas agora vamos às tecnologias.

O documento conterá um chip semelhante aos que atualmente encontramos nos cartões de crédito. Nele estarão armazenadas informações tais quais: nome completo, filiação, sexo, data de nascimento, local de nascimento e a imagem da impressão digital do portador. Todos esses dados seguirão um padrão internacional criado para cartões desse tipo, a norma ISO 7816, e serão criptografados, além de conter a assinatura de um certificado digital que garantirá sua autenticidade.
As impressões digitais serão coletadas por aparelhos similares a scanners, chamados AFISs (sigla para Sistema Automatizado de Identificação de Digitais em inglês). Você já deve te-los visto por aí, o Governo já o utiliza desde 2004. Eles lêem as digitais, e as armazenam em servidores em Brasília, com backups em todos os estados.
Quando um novo documento é criado, as digitais são comparadas com aquelas do banco de dados. Assim se garante que a mesma pessoa não criará mais de um documento. Como os dados são também armazenados no chip contido no RIC, eles podem ser verificados comparando-os com a leitura de um desses scanners de digitais, o que permite a verificação de que o portador é, de fato, o dono do documento, mesmo sem se conectar com o banco de dados central.
O RIC também contará com uma série de dispositivos que permitirão verificar a autenticidade do cartão sem qualquer equipamento inicial, pois há a consciência de que não se pode esperar que todo e qualquer órgão público ou privado adquira equipamentos necessários para fazer a leitura do cartão e das digitais do portador. Então poderemos esperar nele todo aquele conjunto de mecanismos de segurança que estamos acostumados: marcas d’água, fundos complexos, efeitos ópticos etc.
“Com a tecnologia que existe hoje, pode-se dizer que é impossível falsificar este tipo de documento. Com o passar do tempo, investiremos em novas ferramentas de segurança, para evitar fraudes mesmo que os elementos atuais se tornem vulneráveis”, afirma Renato Martini, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).

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