Páginas

sexta-feira, 4 de junho de 2010

[Reportagem] Livro: As Mulheres de Freud


Mente & Cérebro[na íntegra]
Obra recém-lançada, As mulheres de Freud propõe uma viagem histórica pelo universo feminino; o criador da psicanálise e sua teoria são apresentados sob novos ângulos
por Marina Massi
Genia Brinitzer/Museu Freud, Londres


       Sigmund Freud e Anna Freud, 1929, em Berlim, na Alemanha. 
A romancista e escritora Lisa Appignanese e o professor de história e filosofia da ciência da Universidade de Cambridge John Forrester, acadêmico que já publicou várias obras psicanalíticas, uniram-se para investigar e narrar a trajetória das mulheres que participaram da vida de Freud. Em uma obra de fôlego, a dupla revela o impacto feminino no desenvolvimento das ideias relativas à feminilidade e ao legado dessa produção intelectual para a cultura contemporânea. Em virtude das diferentes áreas de especialização, pareceu aos autores que seria lógico dividir o material de modo que Forrester tratasse das personagens que foram “descobertas” pelo olhar de Freud: parentes, figuras de sonhos, pacientes e suas ideias sobre feminilidade. Já Appignanese trataria das primeiras analistas, tradutoras e escritoras próximas ao pensador.

Os escritores reconhecem que o desafio era potencialmente infinito, uma vez que tantas mulheres tiveram importância na história da psicanálise e o debate sobre feminilidade nessa área vem se desenrolando até hoje. “Decidimos limitar nossa narrativa às personagens que tiveram contato direto e continuado com Freud. Em consequência disso, não tratamos particularmente de Karen Horney ou Melanie Klein, para citar apenas duas, embora elas figurem nas páginas do livro.”Infelizmente, a decisão de não incluir uma pensadora do porte de Klein, por exemplo, traz problemas estruturais, que implicam a sensível perda do entendimento de toda uma vertente do debate sobre a mulher. É inegável, porém, que As mulheres de Freud tem muitos pontos positivos. 

Entre eles, está o fato de que ajuda o leitor a rever as acusações de que o criador da psicanálise teria sido “um misógino, um patriarca conservador que via como principal função das mulheres servir à reprodução da espécie”. Os autores creem que uma das questões esclarecidas por essa pesquisa foi que “a concentração excessiva nos fracassos de Freud era, em si, uma maneira de negar às mulheres que figuram na história da psicanálise seu lugar de direito. Uma vez restituído este lugar, tanto Freud quanto a psicanálise adquiriram um aspecto sutilmente diverso”. E essa talvez seja uma das mais importantes conclusões desse imenso trabalho de pesquisa histórica, que instiga tantas discussões teóricas.


A pesquisa reúne dados anteriormente esparsos e revela de modo histórico-científico que muitas outras além de Salomé e da princesa Bonaparte eram amigas e analistas ativas. Entre elas estão Ruth Marck Brunswick, Muriel Gardiner, Eva Rosenfeld, Jeanne Lampl Groot, Hilda Doolittle e mais todo o círculo de analistas da filha Anna Freud. No início do livro são apresentadas as mulheres-chave da família de Freud: a mãe, a noiva que virou esposa e as filhas. A segunda parte trata da colaboração das pacientes histéricas no desenvolvimento da prática e teorias freudianas. Na etapa seguinte são focalizadas as mulheres que se tornaram as primeiras analistas do círculo de Freud, como Sabina Spieelrein, Lou Andreas-Salomé, Helene Deutch, Marie Bonaparte e Joan Riviere. Num livro de 16 capítulos extensos, com rigoroso levantamento bibliográfico, que revela um sério trabalho de pesquisa, alguns trechos históricos são especialmente significativos e curiosos. É o caso de “Primeiras amigas, primeiros casos, primeiras seguidoras” (cap. 6), no qual o leitor fica sabendo, por exemplo, que o divã foi presente de uma paciente agradecida, por volta de 1900. No capítulo 13, “A amizade das mulheres”, é surpreendente constatar o quanto as mulheres se desenvolveram dentro da psicanálise – o que nos convida a rever a ideia do círculo de amigos formado apenas por homens (como Carl Jung, Wilhelm Fliess, Alfred Adler, Karl Abraham) ao redor de uma mesa para discussão psicanalítica, às quartas-feiras.

O capítulo 15, “O debate sobre a mulher”, com abordagem mais teórica, evoca as figuras de Helene Deutch, Karen Horney e Melanie Klein para tratar da constituição do feminino. Os autores apontam a importância de uma discussão correlata acerca do peso atribuído aos fatores traumáticos (ambientais) ou constitutivos e de disposição (hereditários), temas atuais não somente para a feminilidade, mas também para todos os aspectos de constituição psíquica do sujeito. Para Freud, o campo da psicanálise é o acidental, o traumático por natureza.

Segundo ele, o que fica de fora, “o que permanece inexplicável, o que é temporariamente atribuído à constituição, não é o mais importante, o mais fundamental, mas sim o ponto no qual as explicações fracassam, o ponto em que a ciência emudece”. Por fim, somos surpreendidos pelo último capítulo, “Feminismo e psicanálise”, no qual feministas ultrapassam a hostilidade visceral em relação a Freud, o que torna possível evidenciar uma relação mais complexa que abarque novos desdobramentos. Uma vez que as feministas perceberam “a revolução sexual” do século XX como uma força positiva e libertadora, a associação de Freud com esse movimento garantiu-lhe um lugar de respeito entre os antecessores dos movimentos progressistas contemporâneos.

Pesquisa revela: homens mentem mais e com menos culpa que mulheres

Uma pesquisa que analisou os depoimentos de três mil britânicos concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.

O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano.

Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.

A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria.

Chamada Who Am I? (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.

Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe.

Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres.

Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.

MENTIRAS MAIS CONTADAS PELOS BRITÂNICOS

1. Não bebi muito (tem certeza que não é no Brasil essa pesquisa?)
2. Está tudo bem (depois de beber e receber o salário é recorrente)
3. Não tinha recepção no celular (minha operadora não me deixa mentir)
4. Não foi tão caro (minto para mim!)
5. Estou chegando (no relógio grande ou pequeno?)
6. Estou preso no trânsito (depende de que ponto de vista)
7. Não, seu bumbum não fica grande nessa roupa (a parte pelo todo)
8. Desculpe, não ouvi você ligar (essa é manjada)
9. Você emagreceu (mentir pra não morrer por uma psicopata)
10. É o presente que eu sempre quis (....quem nunca pecou, que atire a primeira pedra!)

MENTIRAS MAIS CONTADAS PELAS BRITÂNICAS


1. Está tudo bem (é de práxis)
2. Não sei onde está, eu não mexi (em todas as idades)
3. Não foi tão caro (quando a lágrima cai dos olhos de quem a presenteia, ou seja, de nós!)
4. Eu não bebi muito (já pelas calçadas da vida)
5. Estou com dor de cabeça (rrá, a ruína de um homem começa por essa simples frase)
6. Estava na liquidação (hormônios à flor da pele)
7. Estou chegando (empatados)
8. Já tenho essa roupa há um tempão (e o cartão de crédito na outra mão atrás nas costas!)
9. Não, eu não joguei fora (se for numa briga, joga até o cachorro fora)
10. É o presente que eu sempre quis (sentença mais feminina que essa eu desconheço!)


Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.

Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira.

"Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais", disse Maggs.

CONCLUSÃO:  Estatisticamente equivocado, pode ser... Mas a lista das desculpas estão dizendo que 

A Grã Bretanha é aqui!

domingo, 30 de maio de 2010

Teste-se: Você é PSICOPATA????

Não estou mentindo: quando posso, entupo meu tempo entre net, livros (e-books, por quê não?) e séries, agora melhores que filmes rs...

Estive hoje analisando uns episódios de Dexter e é algo de grande polêmica: a natureza do personagem é algo anormal pois trata-se de um serial killer que mata que sem destreza outros de sua "laia" fazendo ou não justiça.... Bom, falar é fácil. É uma patologia? Seria bom discutir-se isso! Agora, faça o teste você mesmo: você se encaixa no perfil de um psicopata ? Abaixo, site do próprio "traça" seu perfil e diz quantos % de portencial você tem.

Medo?  Mas de que? Ou será De Quem?

Se o resultado lhe causar espanto, quebre os espelhos de sua casa!

Dexter's Psicho Therapy

Sobre a série Dexter

Wikipédia define:

 Dexter é uma premiada série televisivaestadunidense do canal Showtime, exibida desde 2006 nos Estados Unidos, e desde 2007, no Brasil pelo canal FX Brasil, e, em Portugal pela FX Portugal.
A série é baseada no livro Darkly Dreaming Dexter, de Jeff Lindsay, e conta a história de Dexter Morgan, um assassino em sérieanalista forensesangue, no departamento de polícia do Condado de Miami-Dade. Dexter é interpretado por Michael C. Hall. que trabalha como especialista em padrões de dispersão de
Nos Estados Unidos, a primeira temporada teve doze episódios e foi exibida de 1 de outubro de 2006 a 17 de dezembro de 2006. A segunda temporada, nos EUA, foi exibida no segundo semestre de 2007 e também contou com doze capítulos.
Valendo-se do fato de ser um expertflashbacks e, paulatinamente, vai desvelando diversos segredos dos personagens, criando um ambiente de constante suspense.
 
  

Um olhar admirador...
segundo Bruno Carvalho, em Ligado Em Série  [na íntegra]

 Ah, como o som de três simples palavrinhas pode virar o jogo de forma tão abrupta, não? “Olá, Dexter Morgan” foi o cumprimento daquele que foi subestimado por seu caçador, que agiu meticulosamente seguindo um código de conduta estrito ao longo de muitos anos e que triunfa no terreno do inimigo com apenas um mero cortejo. Mais uma vez desde que decidiu “voar solo” e ignorar algumas regras de seu pai, Dexter se encontrou em uma situação impossível e que o deixa completamente exposto e sem ação. Arthur Mitchell é um psicopata doente, sim, mas um psicopata doente que sobreviveu décadas sem ser descoberto. Ambos foram desleixados e ambos ganharam pequenas batalhas, mas a perícia e destreza que sobram em Morgan são compensadas pelos anos de experiência do velho matador. 


 Este foi um episódio repleto dos arquétipos da psicologia que estão presentes em toda a série. Para Freud, a infância é o momento crucial da vida onde a personalidade do indivíduo é formada e dali nasceu a sede de sangue do nosso protagonista, a necessidade de se auto-afirmar perante figuras paternas de Debra e Christine e o incontrolável sonho de Arthur em resgatar o controle de sua triste história. Mas enquanto a ciência está aí para definir estas pessoas, no fim das contas é a Teoria do Caos que vai prevalecer sobre esta complexa e imprevisível situação. E mesmo brilhantemente pensada por uma competente e impecável equipe de roteiristas, a trama de Dexter chega para nós como um fractal, uma forma que não pode ser prevista ou antecipada. Se antes podíamos ter a esperança ou até mesmo a certeza de que tudo no fim iria dar certo, o “Olá, Dexter Morgan” neste contexto tão insustentável coloca tudo a perder. Falta pouco, agora.

*Aqui consta também uma crítica sobre a série: blog Contexto Moderno

Tirinhas LOUCAS! 2


.
.
.                                                                                        Série LAERTE
.
.
.

.
.
.
.
.
.